
Montagem
A primeira ação do governador reeleito Paulo Câmara (PSB) foi extinguir de vez a Delegacia de Crimes contra a Administrações e Serviços Públicos (DECASP) que era comandada pela delegada Patrícia Domingos, que investigava principalmente crimes cometidos por políticos e agentes públicos ligados ao partido do governador, que apressou-se em enviar o projeto para ALEPE (onde ele concentra maioria). A delegacia foi substituída por um tal de Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) também comandado por amigos do rei, assim como o MPF/PE, cruzaram os braços e viraram meros expectadores nessa ataque deliberado contra a democracia e contra aqueles que não cruzam os braços e enfrentam uma organização poderosa do PSB no nosso Estado.
Com a prisão do Governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, e de gente ligada diretamente a ele, num esquema de corrupção iniciado por Sérgio Cabral e desenvolvido pelo próprio com mecanismos que desviou milhões dos cofres públicos, a pecha de bonachão e técnico, adjetivos que podem bem se identificar com o nosso governador, a luz do alerta pode ter sido acesa, já que como acreditamos que Paulo Câmara e sua legião de amigos não são (assim como Eduardo Campos nunca foi) incomodados pela nossa fragilizada justiça pernambucana, os operadores da Lava Jato podem começar a mirar sua artilharia pesada nos desvios de condutas dos políticos socialistas da nossa federação. O primeiro passo em falso já foi dado pelo nosso Governador Bonachão e experiente técnico (auditor) do Tribunal de Contas do Estado e Secretário da Fazenda na gestão do ex-governador Eduardo Campos, quando permitiu o fechamento da DECASP que investigava principalmente políticos ligados a Frente Popular de Pernambuco, envolvidos com a empresa Casa de Farinha, fornecedora de merenda escolar para vários municípios do Estado. Sem esquecer da Operação Fair Play que mirava contratos irregulares com a Odebrecht com indícios de superfaturamento nas obras do Estádio de Futebol Arena Pernambuco, que beneficiava diretamente políticos do PSB. Só para memorizar, Paulo Câmara e Geraldo Júlio (PSB) eram os principais Dirigentes do Comitê Gestor de Parcerias Público Privadas (PPPs) que gerenciava os trabalhos nas obras da Arena, Júlio era o presidente e Câmara era o vice. Tudo passava pela aprovação dos dois. A operação foi engavetada e assim como a Operação Boca de Lobo, que decretou prisão preventiva do Governador do Rio, hoje (29), precisamos de uma “Operação Desengaveta” comandada pela Lava Jato para descobrir os segredos da caixa preta do Palácio do Campo das Princesas. Tenho certeza que como a ORCRIM do Rio de Janeiro, aqui as coisas não são tão diferentes.
Os braços da corrupção no estado certamente ligarão os canais da Fair Play, Turbulências e Torrentes, a um mesmo esquema que provavelmente desviou milhões dos nossos cofres públicos e estão refletidos no mesmo dilema fluminense, como, falta de saúde, segurança, infraestrutura, e muitas outras evidências afins. A coincidência tal qual no Rio é que o povo de lá elegeu em 2014 o tal Pezão, e deu no que deu, enquanto aqui, o pernambucano reelegeu Câmara, e já avistamos um técnico encarnado de avatar político socialista, controlador e ditador, tal qual o seu padrinho.
Outra prova de que a justiça por aqui não passa com seu rolo compressor contra políticos do PSB aconteceu em Araripina-PE no ano de 2015, em maio precisamente. Uma ação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU) batizada de Operação Paradise, com investigações que já se arrastavam desde o ano de 2013, desarticulou uma Organização Criminosa na Prefeitura de Araripina, sertão de Pernambuco, que desviava recursos públicos que eram para ser investidos na construção de creches, escolas e quadras poliesportivas. A prefeitura era administrada por um político da gema socialista e com sobrenome "Arraes".
Visitamos o MPF em Salgueiro para descobrir porque não era revelado e tornado público o “Inquérito Policial “que já havia sido finalizado e as evidências apontavam que a Procuradoria-Geral da República tinha o intuito mesmo de arquivar o processo, não por falta de provas, mas por determinação do Poder Palaciano.
Estamos até hoje esperando o resultado do inquérito da Operação Paradise, tratada por seus prováveis envolvidos como uma Operação sem Pé e sem Cabeça.
Esse é o meu Pernambuco, onde a justiça dorme ou se cala para agradar apenas os gregos.
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